Na história que dá o título ao livro, um homem vulgar decide-se a escalar clandestinamente a parede da Baliverna, um velho mosteiro degradado e transformado em refúgio de vagabundos e bandidos. Essa acção imponderada é punida com a derrocada de todo o edifício, provocando o terror do castigo subsequente. Em «Encontro com Einstein», descobrimos que é o próprio Diabo quem secretamente incentiva as descobertas científicas do génio. Em histórias como «Rigoletto», ou «A Máquina» são os próprios objectos, as máquinas modernas, que em confronto com o mundo dos mitos e da natureza, assumem uma personalidade autónoma que incarna todos os aspectos negativos do Homem: vaidade, inveja e crueldade. Assim é o terceiro volume de contos publicado pelo autor (depois de «Os sete mensageiros» e «Pânico no Scala»), «A Derrocada da Baliverna», é apontado pelo público e pela crítica como um dos livros mais conseguidos na carreira de Dino Buzzati.
“Autor de uma obra que questiona o poder e indaga o sentido da vida, Buzzati, um verista por excelência, tem sido com frequência associado ao realismo fantástico graças ao estranhamento que nimba tantas das suas histórias. [...]em Buzzati predomina uma acédia temperada pela dura realidade. O seu estilo é o de quem acredita nas virtualidades da palavra, um estilo seco, isento de malabarismo, recortado com a precisão cirúrgica de uma reportagem pautada por grande objectividade.” – in Público
“Um génio da literatura do séc. XX” – in Kirkus Review
“Extravagante, provocador, brilhante.” – in Lire
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